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Eleição de segundo turno para o Palácio do Planalto


Dilma luta para não mudar de posição na foto, ao lado de Aécio e Eduado

A usina de Pasadena e a instabilidade na economia, além da gastança com as doze arenas construídas para a Copa do Mundo, tira Dilma do topo das pesquisas, quando chegou a atingir até 55% de intenção de votos e agora ela pontua com apenas 37%. Aécio subiu, por meio da fragilidade de Dilma e as andanças do senador pelo país. As críticas contundentes do ex-governador de Minas, suas entrevistas para os órgão de imprensa, além do trabalho profissional nas redes sociais, sempre focando a instabilidade econômica; permitiu o tucano avançar. Ele já chega ao patamar de 20%. Contudo, o neto de Tancredo Neves não poderá errar na escolha do vice, caso haja erro significativo em sua caminhada daqui pra frente, Eduardo Campos entra no jogo pra valer, pois ele já pontua com 11%.

Quanto ao vice, o ideal seria o José Serra, que ainda tem um recall importante das eleições que disputou, como também o homem público que representou: deputado, senador e ministro. No currículo de Serra, acrescenta-se ainda a sua luta como líder estudantil, quando presidiu a UNE, além de sua efetiva participação contra a ditadura militar, o que lhe custou anos de exílio.

Caso não seja Serra o vice, outro sangue puro como o senador de São Paulo, Aloysio Nunes (PSDB) não somará nada. O ideal será um nome forte do Nordeste, pois lá, Lula continua a eleger qualquer poste e nesse sentido, Dilma capitaliza de forma extraordinária a popularidade de seu mentor. Eduardo Campos também não pode ficar solto na sua região, onde o sentimentalismo pernambucano poderá ecoar para outras plagas e, chegar forte em estados estratégicos como Alagoas, Ceará, Bahia e Rio Grande do Norte.

Agripino Maia, como presidente do DEM está na vitrine e à disposição do projeto do PSDB. Com sua verve afiada e, capitalizando a onda da moralidade, Agripino é hoje um político de vanguarda no seu segmento. Ele teve a audácia de vetar a coligação do DEM com Roriz e Arruda em Brasília. Para os leigos em política, isso não significa nada, mas para cientistas políticos de plantão, foi uma bela jogada de marketing do senador potiguar. Ele trouxe um pouco do discurso da ética e da moralidade para os braços da direita, enquanto que os paladinos desse campo pertencem à esquerda. Reguffe em Brasília é um exemplo clássico disso.

Eduardo Campos e Marina podem surpreender no final. Contudo, Campos ainda não capitalizou tudo de bom que Marina pode lhe passar, pois falta-lhe estratégia mais arrojada na discussão permeada pela ex-seringueira. A aparição dos dois na TV, no rádio, na Internet e nos jornais, foi muito positivo, mas faltou continuidade. O discurso de fato é aquele, mas com adaptações regionais. Nem tudo que serve para o Nordeste, servirá para São Paulo e Rio de Janeiro.

Dilma Rousseff que virou presidenta como poste de Lula, criou asas e voou. Com sua decadência nas pesquisas e o risco de perder o poder, ela e seu grupo político recuaram estrategicamente e, fingem que obedecem ao chefe. Lula que sabe tudo e mais um pouco, finge também que é ouvido. Após a Copa, Lula que é um animal político, entrará com tudo no processo eleitoral. Acredito que nos primeiros 15 dias após a Copa do Mundo, independente do resultado; o ex-torneiro mecânico que está vestido de calção, meião, chuteiras e camisa reserva, decidirá se continua no banco, ou se veste a camisa de titular para entrar no jogo e decidir a partida. Ele sabe que, com ele ou Dilma, a eleição já está no segundo turno.

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