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O Brasil pede Marina já!


O país das chuteiras está de luto!

Por: Walter Brito

Conheci Marina Silva em seu gabinete, quando ministra do Meio Ambiente. O Pastor Roberto, à época assessor e amigo, além de frequentar a mesma igreja que ela em Brasília, nos apresentou. Roberto era uma espécie de conselheiro espiritual da política acreana. Naquele periodo da história, da passagem de Marina pelo comando do Meio Ambiente institucional; Marina estava preocupada também com a questão racial. Era um momento triste para os afro-descendentes, pois, a negritude brasileira tinha sofrido um baque. Naquela oportunidade, Matilde Ribeiro, tinha sido demitida da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), pelo suposto uso ilegal do cartão corporativo da presidência da República. Marina almejava colocar no ministério da igualdade Racial, um nome que unisse os diversos segmentos do Movimento Negro Nacional. Foi naquele momento, que a acompanhamos numa oração, quando pediu ao Senhor Bondoso, que nos desse uma luz para a indicação do novo ministro. O nome sugerido por Marina não prosperou, pois ela já estava em rota de colisão com o Palácio do Planalto.

Focando no outro lado da história e, com a morte prematura de Eduardo Campos, relembramos que a acreana decidiu apoiá-lo, quando o peessedebista tinha apenas 2% de intenção de votos. Ela era a segunda colocada, a frente de Aécio Neves (PSDB) e com o legado de 20 milhões de votos do povo brasileiro. Muita gente não acreditava no gesto de grandeza da aparentemente frágil Marina. Entretanto, ela foi maior e acreditou de forma efetiva no futuro do Brasil, simbolizado naquele momento, pelo neto de Miguel Arraes, o governador Eduardo Campos.

Quando o ex-prefeito de Santo Antônio do Descoberto - GO, cidade localizada no Entorno de Brasília, o peessedebista Bem Neto telefonou-me e fez convite para uma reunião no Hotel Nacional no DF, oportunidade em que Marina diria ao país que, Eduardo Campos seria seu candidato. Imediatamente me desloquei para lá. Como repórter do jonal Diário da Manhã, perguntei a ela, se tinha transferido o seu domicílio eleitoral para Brasília, pois falava-se da possibilidade dela disputar o Palácio do Buriti. Ela disse-me na lata: “não Walter, meu título continua sempre onde esteve. No Acre de Chico Mendes!”

O despreendimento da seringueira que disputava a preferencia do Palácio do Planalto com Dilma, surpreendeu a mim e ao país!

Devagar e sempre, Campos saiu dos 2% em Brasília e já pontuava 18%. Nas igrejas evangélicas, em pesquisa feita pela Directa/O Parlamento, registrada no TSE, Eduardos Campos pontuou 26,5%; Aécio Neves 19,2%; Pastor Everaldo 14,4%; Dilma Rousseff 13,2%. Vale lembrar que, o cientista político que analisou a pesquisa, explicou o fato: “Transferência de Marina”, opinou. A transferencia se deu também no quesito candidatura ao GDF, quando Rollemberg (PSB), que nunca foi a uma igreja evangélica no DF, se posicionou em segundo lugar na pesquisa, ou seja: Arruda 19,5%; Rodrigo Rollemberg 15,5%; Toninho do Psol 8,7%; Agnelo Queiroz (PT) 8,3%. E mais, a pesquisa encomendada pelo deputado distrital, Paulo Roriz, ao instituto de pesquisas de Goiania - Grupo Coronato, identificou que lá em Samambaia - DF, Eduardo Campos, tinha na noite anterior a sua trágica morte, 42,5% de intenção de votos, quando foi citado por 414 eleitores dos 1000 entrevistados naquele reduto de Joaquim Roriz (PR). O segundo colocado, foi Aécio Neves do PSDB com 25%; enquanto que Dilma Rousseff do PT pontuou 10%. Vale Lembrar que, a ex-seringueira Marina Silva obteve 41% dos votos no DF em 2010, o que a credenciou como a presidenciável mais votada en Brasília naquela eleição. Ressaltamos que no Distrito Federal, moram eleitores de quase todos os estados e, coincidentemente de forma proporcional aos eleitores do Brasil. Por isso, a cidade-estado é sem dúvidas, um grande laboratório para pesquisas eleitorais.

Como se vê, não precisa de ser nenhum cientista político, para saber que Marina Silva estará no segundo turno nas eleições que ocorrerão no dia 5 de outubro, contra Dilma ou Aécio. Acredito inclusive, que será ela, a nova presidenta do país. Estamos em comoção nacional com a morte do líder pernambucano e neto de Miguel Arraes, o governador Eduardo Campos. Certamente o povo brasileiro saberá interpretar: “Marina representa tudo aquilo que Eduardo Campos foi e pensava para o nosso país!”

Clique aqui para ver a pesquisa nas igrejas evangélicas

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