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Políticos reagem ao pronunciamento de Dilma Rousseff

Políticos comentaram nas redes sociais odiscurso da presidente Dilma Rousseff realizado em cadeia nacional de rádio e televisão na noite deste domingo (8).  Representantes da oposição se mostraram insatisfeitos e criticaram a fala da presidente. Para o lado governista, Dilma foi firme no pronunciamento.
Em sua fala, por ocasião do Dia da Mulher, Dilma admitiu que o Brasil passa por dificuldades, consequências da crise financeira mundial e da "maior seca" da história", e pediu paciência aos brasileiros (veja a íntegra no vídeo acima ou leia aqui). Ela disse ainda que o governo absorveu, até o ano passado, todos efeitos negativos da crise e que "agora" tem "que dividir parte deste esforço com todos os setores da sociedade.
Para a senadora Marta Suplicy (PT-SP), que apesar de integrar a base governista vem fazendo críticas ao governo, a presidente, ao citar a crise internacional, se apoia em uma justificativa "ultrapassada" para os problemas do país. "Dilma falou: um pronunciamento firme e convincente sobre as medidas do ajuste que estamos fazendo. Valeu, Presidenta!", escreveu o deputado.
"Tentando se apoiar na ultrapassada justificativa da crise internacional, Dilma negou, mais uma vez, a gravidade e dimensão da atual crise econômica, as responsabilidades de seu governo e as consequências de seus desdobramentos para o povo brasileiro", disse a senadora.
Resposta do PT a protestos
Gritos, vaias, panelas batendo e buzinas foram ouvidos em algumas cidades do país durante o discurso da presidente. Os protestos foram convocados pelas redes sociais. Em texto publicado no site do PT na madrugada desta segunda-feira (9), o secretário nacional de Comunicação do partido, José Américo Dias, e o vice-presidente e coordenador das redes sociais da legenda, Alberto Cantalice, disseram que o "panelaço fracassou".
"Tem circulado clipes eletrônicos sofisticados nas redes, o que indica a presença e o financiamento de partidos de oposição a essa mobilização", afirmou José Américo. "Mas foi um movimento restrito que não se ampliou como queriam seus organizadores."
Cantalice criticou o movimento. "Existe uma orquestração com viés golpista que parte principalmente dos setores da burguesia e da classe média alta", disse.
Em entrevista à imprensa nesta segunda-feira (9), o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT), defendeu as medidas de ajuste fiscal propostas pelo governo e comentou os protestos na noite de domingo.
"O protesto é um direito do cidadão. Discordar do governo, expressar opiniões. Reconhecemos plenamente o direito de manifestação, mas preocupa que acho que foi uma eleição bastante polarizada, que teve momentos de radicalização, e nós precisamos construir uma cultura de tolerância, diálogo, respeito. É isso que ajuda a construir uma agenda de convergência", disse o ministro.

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