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Poder, política e futebol: que venha o hexa!

Pelé e Neymar


Aos 17 anos de idade, o filho de seu Dondinho e de Dona Celeste,o Pelé, parte para Suécia, com o firme propósito de ajudar o Brasil a ser campeão. Não sabia ele, que sua vida mudaria a partir dali e, também a de sua família, além de outras tantas ao seu redor. Mudaria também a história do futebol brasileiro, que se tornaria referência no mundo, reescrevendo a história.
O francês Jules Rimet, que criou a Copa do Mundo, nunca sonhou que um menino negro e pobre, nascido em Três Corações em Minas Gerais, seria o centro de equilíbrio, que impulsionaria o projeto criado por ele. E mais, que o subdesenvolvido país chamado Brasil, conquistaria cinco copas, 74 anos depois de sua criação.

Apesar de ter sido criado em 1928, a primeira Copa ocorreu em 1930, no Uruguai, quando a seleção anfitriã, conquistou o primeiro troféu ”Jules Rimet”.
Em 1950, o estádio do Maracanã no Rio de Janeiro, estreia na história das Copas. O Brasil, pela primeira vez anfitrião da Copa do Mundo, sonhava conquistar o titulo, mas, Ghiggia do Uruguai pôs fim ao nosso sonho, marcando um gol aos 36 minutos do segundo tempo, dando vitória à Seleção Celeste Olímpica do Uruguai por 2 a 1.
Ghiggia ficou famoso. O goleiro que ele bateu, também passou para história. O nosso saudoso Barbosa.
Voltando à Suécia em 1958, tudo indicava que era nossa vez. A nossa seleção partiu para Europa, sob a batuta de João Havelange, como presidente da CDB e Vicente Fiola como técnico.

Em tempo, vale ressaltar que, antes de Pelé ser convocado para seleção, ao chegar à Vila Belmiro, para fazer o primeiro treino no Santos Futebol Clube, o já craque Zito, olhou para o menino humilde de Três Corações e disse: - Garoto, você já trocou as fraldas?. Pelé que à época era só conhecido como Edson Arantes do Nascimento, apenas deu um sorriso. Conta a história do futebol, que na primeira bola recebida, Pelé deu um chapéu e em seguida um lençol no Zito, que saiu de campo encabulado. No vestiário, o menino deu resposta ao Zito com uma pergunta: - Já posso trocar de fraldas? Zito foi humilde e abraçou forte, àquele que seria o rei do futebol.
No dia 8 de junho de 1958, o Brasil enfrentou o seu primeiro adversário, a Áustria. O técnico Fiola escalou a seguinte equipe: Gilmar, De Sordi, Bellini, Orlando e Nilton Santos; Didi e Dino Sani; Joel, Mazola, Dida e Zagalo.

O volante Zito, o meio esquerda Pelé e o ponta direita Garrincha, estrearam contra a seleção URSS. O Brasil demoliu a poderosa seleção da União Soviética, que segundo a lenda do futebol, seria uma seleção robotizada. Seus atletas tinham supostamente, sidos treinados, por meio de alta tecnologia, cujo escrete teria sido preparado para ser campeão mundial. O Brasil venceu por 2 a 0.
Fomos campeões do mundo contra a Suécia, cujo placar foi de 5 a 2. Foi nesse jogo, que Zagalo marcou um gol aos 13 minutos. Este gol virou história, pois, a partir daí, Zagalo fez do número 13 o seu número de sorte. Pelé também marcou: o primeiro aos 10 minutos e o segundo aos 45 minutos, ambos no segundo tempo. O primeiro foi um dos seus gols mais famosos, quando ele deu um chapeuzinho no beque e completou de primeira.

A Copa do México em 1970, a seleção tinha doze jogadores. O décimo segundo era o cantor e instrumentista Wilson Simonal, autor das músicas: País Tropical e Samarina. Simona foi considerado o nosso músico mais completo de todos os tempos. Além de falar diversos idiomas, era um comunicador nato, dono de um swing inimitável e, tocava qualquer instrumento. Ele foi contratado pela CDB, para animar e incentivar os jogadores comandados por Zagalo.

Vale ressaltar que toda linha de frente da seleção brasileira de 1970, jogava com a camisa 10 em seus clubes, ou seja: Jairzinho, Gérson, Tostão, Pelé e Rivelino. Lembramos ainda que o comentarista esportivo João Saldanha, disse aos quatro ventos, que Pelé estava cego. Mesmo assim, o rei foi escalado como titular e ganhou a camisa 10, eternizada por ele. Com calma e muita liderança, Pelé levou o Brasil ao tricampeonato, ao vencer a Itália por 4 a 1. Naquela oportunidade, ficamos definitivamente com a posse da taça Jules Rimet.

Sob a batuta do baixinho Romário, o Brasil voltou a vencer uma Copa em 1994. Foi nessa Copa, que o lobo Zagalo, tornou-se o único homem a vencer o Mundial em quatro oportunidades. Em 1958 e 1962, como jogador. Em 1970, como técnico e em 1994, como coordenador técnico.

Galvão Bueno, o mais famoso comunicador esportivo brasileiro, já dizia o seguinte: Que venha o Penta. E veio! Sob o comando do goleador Ronaldo Fenômeno, na Copa do Mundo do Japão e Coreia do Sul em 2002. Ronaldo foi o maior goleador até hoje de todas as copas, surpreendendo o próprio Pelé. Vale ressaltar, que desde 1974, na Alemanha, um jogador não marcava mais do que sete gols na competição. Ronaldo bateu a marca do polonês Lato, fazendo oito gols em 2002. Dois foram marcados na final contra a Alemanha.
Como se vê, o Brasil tem um passado histórico no mundo do futebol. Reza o ditado popular que: “Quem tem passado certamente terá futuro”.
O futuro do Brasil agora é comentado em todos os continentes. Fala-se muito na estabilidade econômica de nosso país. Um tento importante que marcamos, no ranking mundial, foi superarmos o PIB da Inglaterra. Hoje somos o sexto PIB do mundo com 2,52 trilhões de dólares, próximos da França em quinto lugar, com 2,8 trilhões de dólares.

Contudo, o nosso envolvimento com o futebol, a nossa conquista de cinco campeonatos mundiais e, o fato de Pelé ser o brasileiro mais famoso no mundo e um dos seres humanos mais conhecidos no Planeta Terra, em todos os tempos; credenciamos-nos como o país do futebol, apesar do pleno e visível crescimento econômico.
 Acreditamos que brevemente seremos conhecidos como o país de uma economia pujante. No futuro, um país desenvolvido. Afinal, sonhar não é proibido. Acreditamos também no talento de Neymar e que 64 anos depois daquela derrota no Maracanã, o Brasil vença a Copa de 2014 e se torne o hexa.

Por enquanto, vamos aplaudir seu Dondinho e dona Celeste que sonharam e, Pelé venceu, encantou e encanta o mundo com sua genialidade. Que venha a Copa de 2014 !

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