A deputada Eliana está animada com o seu projeto rumo ao Palácio do Buriti
Por: Walter Brito
A deputada distrital e presidenta do PPS candango, Eliana Pedrosa, concedeu entrevista exclusiva ao Diário da Manhã. Pré-candidata ao governo do Distrito Federal, a deputada foi muito cuidadosa em suas respostas, principalmente quando o assunto é a composição de uma frente de oposição para enfrentar o poder da máquina petista no DF. Ela criticou a falta de gestão do governo Agnelo e teceu comentários sobre a reforma política que não se consolidou. Quando questionada pela reportagem sobre a possibilidade de ter como vice em seu projeto rumo ao Palácio do Buriti uma pessoa do sexo feminino, ou seja, ela para governadora e outra mulher como vice,Eliana disse que é positivo. A reportagem entende que nesse sentido, existem bons nomes para vice na oposição, como Liliane Roriz do PRTB, Anna Christina Kubitschek Pereira do PP e Jovita Rosa, do PDT. Jovita é uma das criadoras da Ficha Limpa. Sobre a questão, Eliana afirmou: "os eleitores de Brasília não se espantarão, pois as mulheres já são respeitadas como gestoras".
Entrevista
“Precisamos de fato de uma reforma política que não aconteceu a tempo para as eleições do dia 5 de outubro. Entendo que somente a questão do financiamento público não resolve o problema, pois são muitas questões que precisam ser discutidas. Acredito que quem tem a possibilidade de interface com o poder econômico continuará recebendo recursos. Por isso, precisa ser uma discussão ampla”, disse Eliana.
Referente à união das oposições para enfrentar a máquina do PT, a deputada afirmou: “O grupo do Arruda e do Roriz decidiu por uma chapa completa sem dar espaço para ninguém. Eles já escolheram sozinhos o candidato ao governo, vice e também o candidato ao Senado, sem ouvir os demais políticos. Nós do PPS estamos procurando conversar de forma democrática com outros partidos, pois temos lideranças importantes na política de Brasília, que precisam ser respeitadas e ouvidas. Estamos procurado o melhor caminho, principalmente no que se refere à identidade de um programa de governo consistente, quando daremos resposta às insatisfações demonstradas nas ruas pelas manifestações, bem como os rolezinhos dos jovens nos shoppings de todo o país. Precisamos valorizar o clamor popular”, arrematou.
Quanto ao governo de Agnelo Queiroz, ela foi dura: “O governo do doutor Agnelo falta gestão, inclusive na saúde pública, que é um caos. Esse governo que aí está, falta-lhe planejamento e pulso firme para que as coisas aconteçam de forma positiva em todos os setores. O que posso mencionar de pronto como exemplo, são as obras da rodoviária para atender o VLT. Ressalto, que as obras do VLT estão sendo tocadas há dois anos, e só agora o governo descobriu que precisa de fazer reforma. É um grande erro levar os ônibus para a plataforma superior da rodoviária. Nota-se que o zigue-zague feito por uma grande quantidade de ônibus, principalmente em ruas estreitas, tornou-se um desastre total. A outra alternativa encontrada pelo governo do PT, seria levar os ônibus para o antigo Touring de Brasília, onde funcionam órgãos importantes como CRAS, CREAS e CAPS. Trata-se de mais um erro. O governo do PT está sem rumo!”.
Outro assunto abordado pela reportagem, foi a corrupção, quando a pré-candidata do PPS ao governo do DF respondeu: “A corrupção se dá de forma muito forte no país, infelizmente. Os políticos deveriam respeitar os trabalhadores, que lutam de sol a sol em suas diversas atividades para sustentar suas famílias com dignidade. É do resultado do trabalho do povo brasileiro, que se tira o dinheiro para a manutenção da máquina pública. Questões relacionadas à corrupção podem ser vistas de dois ângulos: o primeiro é a falta de preparo dos gestores públicos, pois qualquer cargo público exige por exemplo, um curso ou alguma experiência. Na política isso não ocorre, a pessoa precisa apenas saber assinar seu nome, mesmo não tendo conhecimento algum de gestão. O segundo, evidentemente não só na política mas em outras áreas, existem pessoas com um maior desvio de caráter, que praticam essas ações de corrupção de uma forma deliberada. Creio que as penalidades que estão escritas na Lei, deveriam ser cumpridas com maior vigor”, analisou.
Eliana disse que dentro do jogo político, no que se refere à sucessão no DF que se aproxima, as chapas ainda não estão consolidadas, o que ocorrerá por meio das convenções no mês de junho. Na sua fala, a deputada sugeriu que todas as chapas de oposição apresentadas na imprensa são prematuras, pois tudo são conjecturas. Portanto segundo a deputada, muita discussão ocorrerá até junho, no sentido de ser apresentada a chapa definitiva para enfrentar o atual governo. Por outro lado, comentam nos bastidores da política candanga, que o governador Agnelo deverá inaugurar 400 obras, o que certamente ajudará a diminuir a sua rejeição junto aos eleitores do Distrito Federal. E mais, ele contará com o reforço de Lula e Dilma no seu palanque. Conclui-se que a oposição não poderá brincar.
Sobre os nomes que estão tentando se viabilizar na disputa majoritária, a deputada opinou: “Temos nomes fortes para enfrentar o governo Agnelo, desde a chapa que foi lançada por Roriz e Arruda, como também Reggufe; Rollemberg; Pitiman; Fraga, entre outros companheiros. Coloco também o meu nome na disputa para o governo do Distrito Federal, por que possuo filho e netos que moram na cidade. Olhando para eles, estou olhando com muito carinho para toda a população do DF. Os nossos habitantes querem garantia e uma perspectiva de futuro. Se há um lugar no Brasil, que podemos sonhar com isso, é Brasília. Nenhum lugar da federação tem um fundo constitucional, que permite à população pagar melhor a segurança pública, seus profissionais de saúde e educação, como a nossa cidade-estado. Finalizo reafirmando que falta gestão administrativa no governo atual. Estou preparada para ajudar Brasília e seu povo. Serei candidata ao governo do Distrito Federal, se os partidos de oposição e o povo entenderem que o meu nome é viável!”, concluiu.
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