Pernambuco 247 - O líder do DEM na câmara dos deputados, Mendonça Filho (PE), pediu, na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara Federal, para ouvir a presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Wasmália Bivar, e as ex-diretoras Marcia Quintslr e Denise Britz, acerca dos motivos que levaram as servidoras a entregarem seus cargos no IGBE. A saída das diretoras tem ligação com a suspensão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). De acordo com o parlamentar, a paralisação do estudo pode ser uma tentativa da União de “esconder o que se passa no País”. A ministra de planejamento, Miriam Belchior, também foi convocada.
"Existem indícios de que o governo quer transformar o instituto em agente de notícias eleitoreiras. No momento em que o desemprego cresce, assim como o temor da população, o governo petista tenta esconder o que se passa com o país. Não adianta, porque as últimas pesquisas já demonstram que o brasileiro sente que as coisas não vão bem em seu dia-a-dia", disparou Mendonça.
De acordo com o democrata, a suspensão do Pnad Contínua foi oportuna para União, uma vez que os dados demonstrariam aspectos negativos na economia do Brasil. “Não é mera coincidência essa notícia sair logo depois que a inflação é a maior dos últimos 11 anos, e o desemprego cresceu. Metodologia não se usa para agradar A ou B, se segue”, cravou.
As ex-diretoras Marcia e Denise saíram do IBGE após a suspensão de divulgação da Pnad Contínua. Outros membros do órgão também ameaçaram entregar os cargos se a paralisação não fosse revista. De acordo com Wasmália Bivar, a suspensão do estudo tem como objetivo adequar os dados da pesquisa na Lei Complementar nº 143 (2013), a qual define a renda domiciliar per capita como o dado base para o rateio do Fundo de Participação dos Estados. Caso a suspensão seja confirmada, os dados da pesquisa só devem ser liberados em janeiro do próximo ano.
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