About



Falta de mão de obra masculina emprega mulheres no setor operacional dos transportes

Sexo feminino vem mostrando que é capaz de exercer as mesmas áreas que os homens e suprem a escassez de mão de obra

Com o menor índice de desemprego segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Santa Catarina também ocupa as melhores taxas de analfabetismo e educação. Os dados positivos, por vezes, refletem negativamente ao setor empregatício. Com a maioria de seus trabalhadores contratados no setor de serviços, já falta mão de obra masculina para áreas no setor de transporte, por exemplo.
A novidade é que pela falta de mão de obra masculina, empresas estão dando oportunidades a mulheres que se prontificam a exercer a tarefa diária de carregar caixas e fazer conferências, papeis que até hoje eram desempenhados por homens. E elas não deixam a desejar. Na Transportes Ouro Negro, recentemente foram contratadas duas mulheres para as vagas de arrumadora e carga e descarga. “Abrimos vagas para o sexo feminino neste setor e até agora elas têm desempenhado o papel muito bem. Não acredito que ser mulher seja um fator que impeça de exercer a função”, explica o coordenador de recursos humanos da empresa, Rodrigo Antonio Teixeira.
A empresa que conta com aproximadamente 100 funcionários no setor operacional desempenhando diversas funções, está com dezenas de vagas abertas para os sexos masculino e feminino. “Pela experiência que tivemos, as mulheres só vêm a contribuir neste setor. Elas são mais atenciosas e dedicadas ao trabalho. Por isso, resolvemos abrir vagas para o sexo feminino também na área operacional”, complementa Teixeira.
Colaboradora da Transportes Ouro Negro desde o dia 04 de abril, Gisele da Silva Nascimento assume a função de ajudante de carga e descarga. Apesar de seus 1,60 m de altura e peso de 50 kg, ela destaca não ter o perfil físico, mas garante que a experiência é a melhor maneira de encarar os desafios em um trabalho comumente conhecido como masculino. “Em meu emprego antigo era responsável por carregar e descarregar caminhões, além de transportar produtos e tijolos para o forno de uma olaria. Na Ouro Negro, trabalho hoje com o auxílio de diversas ferramentas, como paleteira e carrinho, então facilita muito a rotina. É um trabalho braçal, mas as mulheres também têm força e já mostraram que são capacitadas para exercerem com qualidade os cargos voltados aos homens. Dependemos mais do tipo de produto transportado e, assim como os homens, podemos solicitar ajuda caso seja necessário. Não devem existir diferenças”, pontua.                                                                                                                                        
Já o dia a dia de Liamar Carvalho do Nascimento mudou bruscamente quando ela aceitou o novo desafio. A colaboradora que trabalhava no setor da moda atacadista resolveu mudar de profissão e há duas semanas desempenha a função de arrumadora na Ouro Negro. “No começo eu fiquei com um pouco de receio, mas conhecendo a empresa, percebi que o fato de eu ser mulher não teria nenhum preconceito. Com o auxilio dos colegas já consigo desenvolver meu trabalho tranquilamente”, comenta a colaboradora.
Além da superação dos preconceitos, Gisele e Liamar complementam que é importante não esquecer da essência feminina diante do mercado de trabalho. Mesmo em meio a caixas e a poeira eventual, elas não deixam de lado a vaidade. “O serviço exige força, contudo temos que mostrar que somos mulheres. Posso suar ou sujar as mãos, por exemplo, mas sempre estarei com um batom gloss e unhas pintadas”, esclarecem entre brincadeiras.
Colaboração: Novo Texto Comunicação




Postar um comentário

0 Comentários