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A DOR PRETA QUE DIMINUI NO MUNDO ECOA FORTE EM CAXIAS NA BAIXADA FLUMINENSE!

Emilly Victória de 4 anos e Rebeca Beatriz de 7 anos, ambas vítimas do descaso da segurança pública no Brasil


Por: Walter Brito


Os 9070 km de distância que separam Mineápolis nos EUA de Duque de Caxias na Baixada Fluminense no Rio de Janeiro mostram claro que a submetralhadora Thompson usada por El Capone e a Lurdinha alemã de Tenório Cavalcante, embora em épocas diferentes, ainda hoje continuam matando muito mais pessoas pretas de lá e de cá. As referidas armas, que se modernizaram e hoje são conhecidas por “ Fuzis Parafalhas”, mataram muitos Georges Floydes, embora o próprio tenha sido assassinado de forma mais cruel ainda, ou seja, por asfixia e pelas mãos brancas dos cruéis militares norte-americanos, tão raivosos e assassinos quanto foram Al Capone e Tenório Cavalcante. Este, o ser mais temido na Baixada Fluminense, desde sua existência até os nossos tempos.


Como se vê, lá e cá, os maus campeiam e campeiam há muito tempo e, por todos esses longos anos, sem o rigor da lei que os corrigisse ou, até, sem o rigor da lei que os corrija! A maioria, lá e cá, são brancos radicais das terras do Tio San e de um Brasil desigual. 

Cleber Michel Alves cumpriu 3 anos e meio de cadeia se nada dever


Os pretos e pobres muitas vezes são condenados por dezenas de anos de cadeia, mesmo inocentes, e raras são as denúncias desses casos tenebrosos que se escondem por debaixo dos tapetes dos casarões tradicionais que passam de forma hereditária de pais para filhos, tal qual o poder em nosso país. Aqui no Rio e na Baixada Fluminense sabemos que o dublê de advogado, político e assassino, continua a vagar por aí matando inocentes. As duas priminhas, de 4 e 7 anos, assassinadas, numa calçada de Duque de Caxias, poderiam num futuro se tornar uma Maju Coutinho e uma Glória Maria, símbolos de resistências, lutas e conquistas da comunidade negra nacional. Emilly Victória, de 4 anos, foi baleada na cabeça, sem direito ao choro dos inocentes. Da mesma forma partiu sua prima Beatriz Rodrigues dos Santos, com 7 aninhos apenas. Esta certamente suspirou fundo ao levar um tiro do fuzil assassino de um Tenório dos novos tempos. As duas inocentes esperavam pela avó que chegava do trabalho e queriam apenas um lanche para se alimentarem.

George Floyd dividiu a Pandemia da Covid 19 em dois tempos: antes e depois dele


Entretanto, o destino cruel das duas, que não estava assim traçado, teve seu desfecho inaceitável ali na calçada de uma rua de Duque de Caxias, da mesma forma como também se despediu dos vivos, meses antes, no asfalto frio de uma rua da cidade de Mineápolis, no estado de Minnesota nos Estados Unidos da América, o negro Geoge Floyde, que dividiu a pandemia da Covid 19  em dois tempos, antes e depois dele. MAKTUB!

Kamala Harris ajudou a apear Donald Trump do poder por meio de: VIDAS NEGRAS IMPORTAM


Nos EUA, onde Al Capone chegou antes que Tenório chegasse ao mundo e à Baixada Fluminense, o movimento Vidas Negras Importam apeou do poder Donald Trump, o homem mais poderoso do mundo. Tudo se deu por meio do simbolismo de uma negra de 56 anos de idade, a senadora norte-americana Kamala Harris, vice de Joe Baden, o novo hóspede da Casa Branca. A eleição de Joe Baden dos Democratas, ex-vice de Barack Obama, muda o mundo para  melhor e traz muitas esperanças para o Brasil,  especialmente para Duque de Caxias, onde a milícia, o tráfico de drogas e policiais corruptos assistem a morrer passivamente, e todos os dias,  Emillys e Rebecas, enquanto que seus detratores  são ensinados pelas oligarquias dos EUA e brasileiras a dizerem sempre: “Vidas Humanas Importam”, mesmo cientes de que 90% dos que tombam metralhados por balas perdidas e balas encomendadas eliminam sem dó e sem piedade o povo negro.


NOSSOS GOVERNANTES E A VERGONHA NACIONAL


Enquanto isso, entram e saem corruptos de toda natureza num país de dimensões continentais com 210 milhões de habitantes à mercê do ódio, dos desmandos e da anarquia geral. No Rio de Janeiro, por exemplo, os grandes líderes foram para a prisão: Sérgio Cabral e Pezão, Rosinha e Garotinho; Wilson Witzil afastado por 180 dias e não volta ao poder nunca mais, um vice combalido em seu lugar e não sabemos até quando fica. Enquanto isso, na prefeitura do Rio sai Crivella, a maioria do povo apostou tudo no Eduardo Paes. Percebe-se que entram e saem do poder os herdeiros das capitanias hereditárias desde 1500, quando Cabral por aqui aportou. São governantes despreparados e, um após o outro igualmente corruptos, sem compromisso com a população trabalhadora do Brasil, cujas classes, média, média baixa, média-média e média alta levam o país nas costas enquanto são exploradas pelos tributos mais altos do planeta Terra. Nesse enredo, raras são as exceções de políticos honestos no país, tais como um Álvaro Dias ou um Antônio Reguffe no Senado da República, o ex-senador e professor Cristovam Buarque, que por meio de seus artigos e livros vem defendendo de forma solitária, mas sempre, a educação de qualidade no Brasil para filhos de pobres e ricos juntos frequentando os mesmos bancos escolares.


ELEIÇÃO DA PANDEMIA DA COVID 19


A disputa eleitoral infectou ainda mais o povo brasileiro pela Covid 19, cujo processo eleitoral foi realizado por meio de aglomerações de norte a sul e de leste a oeste, com apoio da vista grossa da grande mídia, tão tendenciosa quanto os nossos governantes. Essa mesma mídia deu cobertura total para o senhor TSE, que legitimou mais corruptos, administradores despreparados e insensíveis, enquanto pobres e pretos continuam como massa de manobra e representam 80% dos que são mortos pela Covid 19. Em Macapá, no próximo dia 20 de dezembro ocorrerá segundo turno, quando mais um filho das oligarquias, o Josiel Alcolumbre,  irmão do despreparado e poderoso presidente do Senado,  Davi Alcolumbre, disputará a prefeitura local. Tal qual o irmão Davi, que não tem curso superior e é presidente do Congresso, também Rodrigo Maia é outro exemplo clássico. O grande preparo dele e da irmã Daniela sempre foi serem filhos de César Maia e ter nascido no Chile, o que para muitos é chic. Enquanto Davi e Rodrigo tentaram dar o golpe e partir para mais um mandato com seus diplomas de segundo grau, o Brasil assistiu à humilhação pública do professor universitário Alberto Decotelli, ao ser impedido de ir para o Ministério da Educação por não ter doutorado concluído conforme mostrava o seu curriculum na internet, um doutorado em uma universidade qualquer. Portanto, a lei vale somente para os donos de capitanias hereditárias: Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia, com seus diplomas de segundo grau puderam e “podem tudo”. Por pouco eles mudam a lei para ganharem juntos mais um mandato no comando da Câmara Federal e do Senado da República, tudo com apoio da mídia corrupta e amestrada. Acrescento ainda, que embora já “Inês é morta”, o professor Decotelli, mesmo não tendo doutorado na Universidade de Rosário, poucos são os ministros da educação que tiveram um currículo como o dele. Certamente, a cor da pele falou e continua a falar mais alto.


PREFEITOS ELEITOS NAS DUAS PRINCIPAIS CAPITAIS DO BRASIL

Bruno Covas e Eduardo Paes precisam de conhecimento sobre: VIDAS NEGRAS IMPORTAM







Quanto aos dois prefeitos eleitos, ambos no segundo turno, Bruno Covas (PSDB) e Eduardo Paes (DEM), o primeiro prometeu valorizar a comunidade negra com bons cargos no primeiro escalão em seu novo governo. Até agora, nada! Garante ele que não fará como outros tucanos de alta plumagem que usaram os negros e na hora H nos deram uma banana. 

Fernando Henrique Cardoso nada fez para Osvaldo Ribeiro assumir três meses no Senado


O doutor e professor da USP e da Universidade Sorbonne, doutor Fernando Henrique Cardoso, é um exemplo clássico e nem o pedido de Pelé, o seu ministro dos Esportes, foi atendido, quando o pleito foi ajudar algum dos nossos afrodescendentes que derramamos o sangue para a construção do Brasil e não participamos de sua administração. Logo FHC que vez ou outra diz que tem um pé na cozinha. Ele não permitiu que seu segundo suplente no Senado, o sindicalista Osvaldo Ribeiro, assumisse  sequer três meses na casa de Rui Barbosa, conforme acordo feito entre FHC, Eva Blay e Osvaldão, quando partiram para a busca do mandato de senador, o que viabilizou sua chegada ao Palácio do Planalto por duas vezes. Quando se tornou ministro das Relações Exteriores e em seguida o todo-poderoso ministro da Fazenda de Itamar Franco, FHC esqueceu o compromisso com Osvaldão, primeiro negro a assumir uma secretaria de Estado no Brasil, quando foi secretário de Assuntos Fundiários e de Serviços Sociais do governador Orestes Quércia em São Paulo. Eu participei junto com Osvaldo Ribeiro e o seu sobrinho Jeremias Lara, ambos advogados, da primeira audiência com o Rei Pelé no Ministério dos Esportes. Embora a audiência autorizada pelo então assessor de Pelé tivesse estipulada em 15 minutos de duração, nós permanecemos com o Pelé ministro por três horas, apesar das nove vezes que o então arrogante assessor do Rei entrou no gabinete para avisar ao chefe que ele tinha outros compromissos. Logo Hélio Viana foi desligado do ministério e da sociedade que tinha com Pelé. Além de subsídios para a Lei Pelé que era uma das reivindicações da comunidade negra, pedimos a Pelé que intercedesse junto ao poderoso presidente tucano, para ele permitir pelo menos três meses para o Osvaldo no Senado, tal qual fez o ex-presidente Fernando Collor com os seus suplentes. Lembro-me de que o grande apoio que FHC deu ao seu suplente foi pedir ao nosso amigo comum, Agaciel Maia, então diretor da gráfica do Senado, para confeccionar uma carteirinha de senador suplente para o saudoso Osvaldão.

Agaciel Maia atendeu o pedido de FHC e confeccionou a carteirinha de senador suplente para o saudoso Osvaldão


 Depois disso, Agaciel passou pela diretoria-geral do Senado com muita competência e está no exercício de seu terceiro mandato como deputado distrital (PL). Vez ou outra comento com o amigo Agaciel sobre a carteirinha que FHC pediu para Osvaldo Ribeiro. Eva Blay ficou no Senado até o último dia de mandato e nem ela nem FHC deram um telefonema sequer para o afrodescendente Osvaldo Ribeiro. Talvez por isso, as Relações Raciais da obra literária de FHC tenham sido desprezadas pelos intelectuais negros do Brasil e da diáspora africana. Esperamos que Covas cumpra o prometido, especialmente por ele ter como um de seus orientadores o ex-senador pernambucano e ex-ministro da cultura Roberto Freire, presidente do Cidadania.


ENFRENTADO PELA COMUNIDADE NEGRA CARIOCA, EDUARDO PAES SAI PELA TANGENTE E ANUNCIA DANIELA MAIA PARA A RIO TUR

Rodrigo ajuda a irmã gêmea a assumir presidência da Rio Tur


100 líderes da comunidade negra carioca, entre intelectuais, jornalistas, advogados, engenheiros, arquitetos, médicos, atores, artistas plásticos, poetas, produtores culturais e ativistas da causa negra em 19 bairros do Rio de Janeiro enfrentaram Eduardo Paes, quando sugeriram o nome do jornalista e escritor Walter Brito, professor e bacharel em Direito, suplente de vereador no Rio, administrador público com experiência no governo federal e por três décadas assessor de deputados federais e senadores no Congresso Nacional, para presidir a Rio Tur.  Entretanto, o novo prefeito do DEM, Eduardo Paes, que também flertou com a comunidade negra carioca na campanha, principalmente no segundo turno, preferiu indicar a irmã gêmea do todo-poderoso Rodrigo Maia, presidente da Câmara Federal, ambos filhos do ex-prefeito César Maia e vereador eleito pelo DEM. Para o jornalista negro e autor do livro: Vidas Negras Importam, nem um telefonema.

A morte de João Alberto Freitas, assassinado covardemente por seguranças do Carrefour, poderá  custar 100 milhões de reais de indenização devidos pela empresa francesa.  É o que afirma é renomado advogado Márlon Rei


Certamente as oligarquias descendentes das capitanias hereditárias vão continuar mandando e desmandando no país, enquanto que os Joões de Freitas, Emillys e Beatrizes continuarão vítimas dos asfixiamentos, balas perdidas e encomendadas. Entretanto, os ditames da nova ordem mundial sob o comando de “Vidas Negras Importam” simbolizam que temos um novo caminho, e consequência disso foi a derrota de Donald Trump nos Estados Unidos da América. Vamos escolher, como Kamala Harris, um novo caminho para o Brasil em 2022. Eu serei candidato ao Senado da República em 2022 pelo Estado do Rio de Janeiro!

A saudosa Wangari Muta Mattai, Prêmio Nobel da Paz e o amigo e jornalista Walter Brito


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