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DIÁRIO NA PAULICÉIA

             

Tarcísio Meira é um pedaço importante da cultura brasileira

Por Walter Brito                        

          São Paulo é uma cidade que não pode parar, pois de fato e de direito é o carro-chefe da nação brasileira – embora Brasília seja a capital do País e cidade administrativa do Brasil grande com 215 milhões de almas.               

          Saí hoje pela manhã para fazer mais um exame referente ao meu problema de saúde que, segundo o meu médico, o gastro doutor Hélio Vasconcellos (primo do saudoso governador Mário Covas), trata-se da mesma doença do presidente Jair Bolsonaro, ou seja, suboclusão intestinal. Tive o primeiro baque quando fui internado e salvo no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, pela doutora Clara Scalabrin e sua competente equipe.

A doutora Clara Scalabrin e o paciente WB


    Logo depois do exame passei na Padaria Benjamin (onde relembro meu avô materno Benjamin de Carvalho) para fazer o desjejun, já que
o exame exigia dieta zero por 12 horas.

O escriba da política nacional homenageia o avô Benjanin. Este morreu afogado na Lagoa Feia em Formosa -GO, em 1925


 Eis que fiquei sabendo do passamento por Covid-19 do astro da TV - Teatro e Cinema Tarcísio Meira. Já tinha sofrido ontem com a morte do nosso Shazam, o grande Paulo José, ex de Dina Sfat).

O trio parada dura do cinema, teatro e televisão: Tarcísio Meira, Grande Otelo e Paulo José


 Logo, lembrei-me de Otelo, o protagonista de Macunaíma, que faleceu nas escadarias do Aeroporto Charlles de Gaulle em 1993, triste ocasião em que fui convocado pelo então presidente Itamar Franco para providenciar o velório e sepultamento de Sebastião Prata com honras de chefe de Estado, o que fizemos como dirigente à época da Fundação Cultural Palmares: velório no Palácio Gustavo Capanema, com a presença do governador Brizola e do próprio presidente Itamar e seu ministro da Cultura o embaixador Gerônimo Moscardo. Oscar Nieymayer, Martinho da Vila, Milton Gonçalves, Rubão Sabino, Jorge Coutinho, Cosme dos Santos, Fátima Monte Marques, Watusi, Virgínia Lane, Elke Maravilha, boa parte da cultura nacional e todos os filhos do parceiro de Oscarito juntos nas despedidas de um pedaço de nossa cultura. No outro dia em Uberlândia, com filhos noras e genros de Otelo representamos o presidente Itamar no discurso de despedida, enquanto o então deputado federal de Minas, o ex-ministro das comunicações e ex-apresentador do Fantástico na TV dos Marinho representou o meio artístico em sua fala. Pratinha - filho de seu Pipinone (Otelo) da Escolinha do professor Raimundo - representou a família. 

O casal 20 da cultura viveram 59 anos de glórias


          A morte do esposo de Glória Menezes acometido pela Covid 19 simboliza os 570 mil brasileiros que já se foram, incluindo aí a morte nesta semana do amigo e aguerrido militante do Movimento Negro Brasileiro, Warny Pinto de Souza, ex-gerente do Banco do Brasil no Itamaraty em Brasília, sepultado no Rio na última segunda-feira. 

Em 1991 Warny coordenou a campanha nacional para presidente da Fundação Palmares e fez Walter Brito o mais votado entre os 18 pretendentes para o cargo junto à comunidade negra nos 27 Estados da Federação. Numa negociação com políticos poderosos do Congresso, o poeta Adão Ventura foi nomeado presidente, enquanto WB tornou-se diretor administrativo e financeiro da Instituição de Zumbi dos Palmares e substituto natural do presidente. WB substituiu o presidente da Palmares por 32 ocasiões em quatro anos no cargo, entre as quais no evento no Espírito Santo - em que o governador Albuíno Azeredo homenageou em 1991 Nelson Mandela e WB falou em nome do presidente Fernando Collor de Mello e no sepultamento de Grande Otelo - quando WB falou em nome do presidente Itamar Franco, em 1993


Saí impactado e, quando abri o meu quarto no Hotel Bella Augusta, onde moro, vi a minha cama elegantemente arrumada e um bilhete discreto de uma das camareiras: "A cama do comendador WB está pronta".  

"Obrigado meu Deus pela sua generosidade" WB - filho dos protagonistas do livro - Deja e Vespa 'Memórias de Uma Família Negra Brasileira'


Chorei de emoção e me lembrei de meus pais falecidos e dos brasileiros mortos pela doença que comove todos nós. Vejo que o ser humano ficou mais sensível depois da pandemia que assusta o planeta Terra. Aproveito, na recuperação de minha saúde, para agradecer publicamente a copeiras, camareiras e dirigentes de meu hotel, os garçons e proprietários do Restaurante Ibotirama na Augusta, que levam sopinhas e compram medicamentos nos momentos de dor deste escriba da política nacional, além de mensagens de parentes e amigos que fiz em Formosa onde nasci e ao redor do mundo. 

O exemplar prefeito brasileiro, do município de Morungaba - SP, o doutor Marquinho Antônio Oliveira, entre o Deputado Castello Branco e o jornalista Walter Brito


          Sou grato também ao combativo Deputado Castello Branco (PSL-SP), que me deu emprego na pandemia aos meus 66 anos e tem sido tão generoso comigo, assim como toda a sua equipe de alto rendimento, que a tempo e a hora se colocam a meu dispor. 

          Vá com Deus, Tarcísio Meira – Você, que fez Irmãos Coragem, passa para a história como um dos legítimos heróis da cultura nacional!

O cartunista e publicitário Peron e o colega de trabalho no gabinete do Deputado Castello Branco - o jornalista Walter Brito


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1 Comentários

  1. Um grandioso abraço meu grande amugo, que Deus se faça presente em todos os momentos de sua vida.

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