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Claudinho Oliveira lidera comunidade negra para cassar vereador em São Paulo


Cláudinho Oliveira, fundador do Grupo Soweto liderou a comunidade negra, a favor da cassação do vereador Camilo Cristófaro ( Avante)



Texto escrito pelo jornalista Walter Brito

Hoje, 25 de maio, a União Africana comemora o Dia da África em todo o Planeta Terra. Nesta oportunidade parabenizamos o excelentíssimo decano do Corpo Diplomático Africano, o senhor Martin Agbor Beng, embaixador da República do Cameroum, bem como todos os seus pares. Vale ressaltar que existem 34 embaixadas africanas acreditadas no Brasil com sede em Brasília-DF. Ressaltamos que a relação do Brasil com a Mãe África é histórica e umbilical, pois possuem diversos aspectos do passado colonial, bem como atributos muito fortes na área cultural, na religiosidade e nos costumes herdados do período da escravidão.


Da esquerda para a direita: Diego, Gustavo, Anderson Jhon, Valéria Lariuty, Evaldo, Lidia, Claudinho de Oliveira e este escriba da política nacional, jornalista Walter Brito


Neste sentido o Brasil tem um dívida histórica com a afro descendência de nosso país que precisa ser reparada. O racismo latente ainda impede muitos avanços, pois nós negros contribuímos de forma efetiva com a formação do povo brasileiro e a construção desta nação, mas não participamos de sua administração, somos excluídos de todos os postos de poder e da política partidária.


O vereador Camilo Cristófaro (AVANTE - FOTO) disse: ' Não lavaram a calçada, é coisa de preto'


O caso de racismo ocorrido em plena Câmara Municipal de São Paulo, por meio da fala racista do vereador Camilo Cristófaro, é um exemplo clássico e corriqueiro que ocorre diariamente nos quatro cantos de nosso país e precisa ser combatido.

O caso do vereador do Avante de São Paulo se deu no dia 3 de maio, em sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito na (CPI) dos aplicativos. Ele afirmou: 'Não lavaram a calçada, é coisa de preto'. O áudio vazou e o vereador se complicou. Ontem, dia 24 de maio, às vésperas do Dia da África, o sambista e compositor Claudinho Oliveira, criador do Grupo Soweto, conseguiu unir parte significativa da militância negra que deu plantão, desde às 6 da manhã até às 19 horas, com carro de som e de forma organizada e pacífica de frente à Câmara Municipal de São Paulo, quando mais de mil manifestantes se revezaram e passaram de frente ao Parlamento Municipal de São Paulo para marcar posição contra o racismo e exigir a aplicação da Lei CAÓ, Lei número 7716, de 5 de janeiro de 1989, cuja consequência poderá ser a prisão de um a 3 anos e a perda do mandato parlamentar.

Na foto, a vereadora Elaine Mineiro à frente (PSOL) e seus pares do Quilombo Periférico. A parlamentar é autora do relatório que sugere a cassação do vereador Camilo Cristófaro do AVANTE / Crédito da imagem: Folhapress


Os aliados do líder Claudinho, que é pré-candidato a deputado estadual pelo PDT, fizeram pressão sistemática com discursos vibrantes e bem colocados, sempre na defesa da igualdade de tratamento e oportunidades para todos, independentemente da cor da pele, com intervenções sistemáticas e bem elaboradas. Obviamente que se fará justiça por meio dos 51 vereadores que votaram contra a atitude do vereador Camilo Cristófaro (Avante). Ressaltamos que o relatório elaborado pela competente vereadora negra Elaine do Quilombo Periférico (PSOL) sugerindo a cassação do vereador acusado de racista foi amplamente debatido diante das galerias superlotadas que aplaudiam os oradores na tribuna.

Este jornalista Walter Brito e o vereador Eduardo Suplicy. O ex-senador mostra o livro de minha autoria: ' Vidas Negras Importam - Memórias de uma Família Negra Brasileira. Em minhas mãos, o livro de Suplicy que destaca a renda mínima


Agora o vereador acusado será convocado para apresentar a sua defesa em cinco dias úteis e arrolar até dez testemunhas. A pena pode ir de simples advertência verbal até a cassação do mandato do vereador, mas pela pressão que os vereadores estão sofrendo da comunidade negra de todo o Estado de São Paulo, sob a coordenação do compositor e sambista Claudinho Oliveira, o vereador Camilo Cristófaro será cassado até o mês de agosto e às vésperas de uma disputada eleição presidencial, que parecia embolada entre Lula e Bolsonaro e agora foi lançado no dia 18 de maio em Brasília, o jovem de apenas 35 anos, o bilionário Pablo Marçal pelo PROS e, ao que tudo indica e de acordo com importantes cientistas políticos de todo o Brasil, o empresário goiano, mas com a sede de sua Holding com 27 empresas em Alphaville em São Paulo, poderá passar Ciro Gomes nos próximos 20 dias por meio de seus argumentos certeiros e contundentes, pois fala em criar 10 milhões de empresas e destravar o Brasil. Neste caso, o goiano terá uma negra como vice e será recebido por Obama e Kamala Harris, nos EUA. Marçal tem tudo para embolar o jogo sucessório!

O presidenciável do PROS, Pablo Marçal e Fátima Pérola Neggra, uma das cotadas para disputar a vice-presidência da República, ao lado do empresário Marçal


Voltando ao caso Cristófaro, o plenário da Câmara autorizou por unanimidade e com 51 vereadores a abertura de um processo disciplinar na Corregedoria contra o vereador Camilo Cristófaro pelo uso de sua já referida fala racista. Vejam os comentários de seus pares:
"O Parlamento Municipal da cidade de São Paulo está dizendo não ao racismo", afirmou o presidente da Casa Nilton Leite. Já a vereadora Elaine Mineiro (PSOL) e relatora disse: "O resultado do relatório que indica a cassação do mandato do vereador é um divisor de águas na Câmara". 

O vereador e ex-senador Eduardo Suplicy, que falou para este escriba da política nacional, sobre sua forte relação com o Continente Africano e seu encontro com os saudosos líderes africanos Nelson Mandela e Desmond Tutu, aproveitou a reportagem para parabenizar os 34 embaixadores africanos no Brasil pelo Dia da África. Referente ao caso em pauta, Suplicy afirmou:
"Sou pela admissibilidade da culpa do vereador Camilo Cristófaro e votarei para sua cassação. Todos somos iguais independentemente da cor da pele e ninguém pode cometer crime de racismo e ficar impune, principalmente um parlamentar da Câmara de Vereadores de São Paulo. Nós temos que dar exemplo", concluiu o ex-senador Suplicy (PT/SP), enquanto autografava para este repórter o livro de sua autoria, que em um amplo capítulo fala sobre a renda mínima para todo cidadão e cidadã brasileira. Que a justiça seja feita no maior Parlamento Municipal da América Latina.

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