Endocrinologista da Unimed-BH explica que sobrepeso afeta a qualidade de vida das crianças, ocasionando doenças, como hipertensão e colesterol alto, antes comuns somente em adultos
Uma pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde revela que uma em cada dez crianças brasileiras de até 5 anos está acima do peso. Entre elas, 7% estão com sobrepeso e 3%, com obesidade. Os dados são do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani-2019). A situação acende o alerta vermelho, pois os indicadores são anteriores à pandemia de Covid-19, podendo o cenário ter piorado com o isolamento social e com a alteração da alimentação e da atividade física das crianças nesse período. Três de junho é o "Dia da Conscientização contra a Obesidade Mórbida Infantil" e os especialistas explicam os cuidados necessários para evitar o problema.
A preocupação é que quanto menor a idade da criança e maior o grau de obesidade e presença de familiares com obesidade, maior é a chance de a criança permanecer obesa na idade adulta. "Doenças até então comuns na idade adulta estão mais prevalentes na população infantil, como hipertensão arterial, aumento dos níveis de colesterol e diabetes mellitus", alerta a endocrinologista cooperada da Unimed-BH Roberta dos Santos Rocha.
Várias pesquisas realizadas ao longo da pandemia mostram uma tendência na piora da alimentação de um modo geral, com o consumo de doces e ultraprocessados. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que, se a situação não mudar, o Brasil ocupará o quinto lugar no ranking dos países com maior número de crianças e adolescentes com obesidade, em 2030.
EPIDEMIA
A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo excesso de peso, que pode ter causas hereditárias associadas a fatores ambientais e comportamentais. A OMS a considera uma epidemia, em consequência da adoção de maus hábitos alimentares e da falta de atividade física. "A principal causa da obesidade infantil é o balanço energético positivo, ou seja, um consumo maior de alimentos e calorias aliado a um gasto menor de energia", comenta Roberta Rocha.
O Enani-2019 também indica que 18,6% das crianças até cinco anos estão com risco de sobrepeso. As mães com filhos nessa faixa etária foram avaliadas e 58,5% delas estão com excesso de peso. "Se um dos pais é obeso, isso aumenta em até três vezes o risco de a criança desenvolver obesidade. Essa probabilidade cresce para até 15 vezes, se ambos os pais forem obesos", esclarece a especialista.
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Com a ajuda dos pais, as crianças e os adolescentes podem ter o peso ideal e de uma maneira saudável, contribuindo para uma melhor qualidade de vida e para a redução da obesidade infantil. A endocrinologista recomenda alimentos variados e saudáveis, evitando produtos industrializados. "Os pais devem priorizar alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, verduras, carnes magras, leite e derivados magros. Já os ultraprocessados (industrializados), como biscoitos recheados, salgadinhos e outros, devem ser evitados, pois são ricos em calorias, sódio e gordura saturada".
Em relação aos refrigerantes e sucos industrializados, a médica orienta limitar o consumo por conter grande quantidade de açúcar. A cooperada da Unimed-BH também aconselha brincadeiras, jogos e a prática esportiva para ajudar no gasto calórico, ao mesmo tempo em que contribui para o desenvolvimento físico e mental das crianças.
Conheça o portal FOCO NACIONAL: foconacional.com.br
Uma pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde revela que uma em cada dez crianças brasileiras de até 5 anos está acima do peso. Entre elas, 7% estão com sobrepeso e 3%, com obesidade. Os dados são do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani-2019). A situação acende o alerta vermelho, pois os indicadores são anteriores à pandemia de Covid-19, podendo o cenário ter piorado com o isolamento social e com a alteração da alimentação e da atividade física das crianças nesse período. Três de junho é o "Dia da Conscientização contra a Obesidade Mórbida Infantil" e os especialistas explicam os cuidados necessários para evitar o problema.
A preocupação é que quanto menor a idade da criança e maior o grau de obesidade e presença de familiares com obesidade, maior é a chance de a criança permanecer obesa na idade adulta. "Doenças até então comuns na idade adulta estão mais prevalentes na população infantil, como hipertensão arterial, aumento dos níveis de colesterol e diabetes mellitus", alerta a endocrinologista cooperada da Unimed-BH Roberta dos Santos Rocha.
Várias pesquisas realizadas ao longo da pandemia mostram uma tendência na piora da alimentação de um modo geral, com o consumo de doces e ultraprocessados. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que, se a situação não mudar, o Brasil ocupará o quinto lugar no ranking dos países com maior número de crianças e adolescentes com obesidade, em 2030.
EPIDEMIA
A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo excesso de peso, que pode ter causas hereditárias associadas a fatores ambientais e comportamentais. A OMS a considera uma epidemia, em consequência da adoção de maus hábitos alimentares e da falta de atividade física. "A principal causa da obesidade infantil é o balanço energético positivo, ou seja, um consumo maior de alimentos e calorias aliado a um gasto menor de energia", comenta Roberta Rocha.
O Enani-2019 também indica que 18,6% das crianças até cinco anos estão com risco de sobrepeso. As mães com filhos nessa faixa etária foram avaliadas e 58,5% delas estão com excesso de peso. "Se um dos pais é obeso, isso aumenta em até três vezes o risco de a criança desenvolver obesidade. Essa probabilidade cresce para até 15 vezes, se ambos os pais forem obesos", esclarece a especialista.
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Com a ajuda dos pais, as crianças e os adolescentes podem ter o peso ideal e de uma maneira saudável, contribuindo para uma melhor qualidade de vida e para a redução da obesidade infantil. A endocrinologista recomenda alimentos variados e saudáveis, evitando produtos industrializados. "Os pais devem priorizar alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, verduras, carnes magras, leite e derivados magros. Já os ultraprocessados (industrializados), como biscoitos recheados, salgadinhos e outros, devem ser evitados, pois são ricos em calorias, sódio e gordura saturada".
Em relação aos refrigerantes e sucos industrializados, a médica orienta limitar o consumo por conter grande quantidade de açúcar. A cooperada da Unimed-BH também aconselha brincadeiras, jogos e a prática esportiva para ajudar no gasto calórico, ao mesmo tempo em que contribui para o desenvolvimento físico e mental das crianças.
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