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Lide Brasília debate habitação com o presidente da Caixa Econômica Federal

O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, disse aos membros do Lide Brasília, grupo que reúne empresários e entidades classistas da cidade e é presidido pelo empresário Paulo Octávio, que pretende ampliar a carteira de crédito imobiliário da instituição no menor tempo possível. "A Caixa gera 2,7 mil contratos de créditos imobiliários mensais no Brasil. A gente já gerou mais e queremos voltar ao patamar de 3,6 mil. E a gente vai voltar a esse ponto logo", projetou



A projeção vai ao encontro da memória feita pelo presidente do Lide Brasília, o empresário Paulo Octávio, que lembrou a trajetória da Caixa Econômica Federal na história da capital.  "Quando fundei a PaulOOctavio, há quase 50 anos, a Caixa tinha um papel importantíssimo em Brasília. Se hoje temos uma cidade com quase 3 milhões de habitantes, a Caixa foi importantíssima na construção de milhares de residências aqui na cidade. Os bancos privados pouco investem em habitação e a Caixa financiou milhões de moradias em Brasília e no Brasil ", afirmou.

"Recentemente, a escola da Caixa foi muito bem representada em nossa cidade pelo presidente do BRB, Paulo Henrique Costa (que é egresso dos quadros da instituição), que deu novo rumo aos financiamentos imobiliários. Pela primeira vez, governador Ibaneis, após 50 anos, muitos empresários do DF conseguiram assinar os primeiros financiamentos com a instituição, que passou a cumprir um papel importantíssimo", completou o empresário.

Carlos Vieira também reconheceu o trabalho do presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, pelo seu papel transformador na instituição. "O Paulo é um professor em banco e acompanhei a transformação ali feita", afirmou, enfatizou, após destacar o papel de Paulo Octávio no Lide Brasília; e do anfitrião, Fernando Cavalcanti, vice-presidente do Nelson Wilians Group; além de agradecer ao apoio do governador Ibaneis Rocha, da vice, Celina Leão, e do presidente da Câmara Legislativa do DF, Wellington Luiz.

Vieira lembrou ainda os bons resultados da instituição. "A Caixa, em 2023, teve o melhor desempenho entre os bancos, com crescimento de 20%, que é muito expressivo e fruto de um processo de gestão instalado na empresa. Isso permitiu que a gente devolvesse parte destes valores, em forma de dividendos e transferências, ao nosso controlador maior, o Governo Federal, que certamente vão contribuir com novas políticas públicas e programas sociais", afirmou, detalhando o investimento que será feito em educação com parte destes valores.

O presidente da Caixa Econômica destacou ainda que a habitação é o "carro-chefe" da Caixa. "Nós detemos 30% de tudo o que é destinado a crédito de pessoa física no Brasil. E temos 52% do PIB do Brasil nesta forma, dos quais 30% são equivalentes ao crédito imobiliário. A Caixa detém 70% deste mercado, que precisa crescer. Nós temos levado esta visão para discussões na Febraban, no Banco Central e com o ministro da Fazenda. É importante que outros bancos, como o BRB fez, também participem deste processo. O Brasil ganha, a sociedade ganha, o mercado ganha, a geração de empregos ganha. Para se ter uma ideia, para cada R$ 1 milhão colocados em crédito imobiliário pela Caixa, temos 150 mil empregos gerados", completou.

"Eu queria ter 40% do mercado, mas que, em vez de colocar R$ 200 milhões, o mercado como um todo tivesse R$ 500 milhões em crédito imobiliário. Seria uma grande revolução. Nós estamos construindo bases para que isso aconteça, gerando mercado secundário através de uma série de medidas. O mercado secundário vem neste patamar desde 2018. Há mecanismos para ajudar neste contexto", completou.

A atração de investidores internacionais é uma das metas de Carlos Vieira, desde que com números adequados à realidade nacional. "Eu recebi o presidente do Banco Asiático de Investimentos em Infraestrutura (AIIB), Jin Liqun, para um diálogo e ele ficou impressionado com nossos números. Ele disse que tem reservado para colocar em crédito imobiliário no Brasil algo em torno de US$ 480 milhões. E eu mostrei a ele que estes números não estão à altura do País e de suas instituições", acrescentou. "O Brasil tem uma posição privilegiadíssima para que seja um grande receptor de investimentos internacionais", afirmou.
 
O uso dos recursos do Fundo de Garantia sobre o Tempo de Serviço (FGTS) também foi destaque na palestra. "Nós precisamos ter um olhar especial para este instrumento. Os fundings (aptação de recursos financeiros para o investimento específico pré-acordado) que financiam o modelo de crédito imobiliário para o Brasil são da década de 1960. Nós não temos nenhuma novidade e o alongamento de prazo vai criar dificuldades para o financiamento em 2025. Será difícil para a Caixa, para o BRB, e para o sistema como um todo, pois vai diminuir a liquidez, alongar os prazos e já desestimulou a aplicação de recursos. E precisamos ter instrumentos que ajudem o financiamento", exemplificou.

Vieira também destacou que a Caixa tem buscado governos locais para acordos em torno da habitação, como no caso do Distrito Federal, onde foi realizada a primeira grande parceria público-privada (PPP) do setor imobiliário, o Jardins Mangueiral, que conta com quase 8 mil unidades, além do Itapoã Parque e o Paranoá Parque, outra PPP em andamento.



Almoço prestigiado
Centenas de empresários compareceram ao encontro, que também foi prestigiado pelo deputado distrital Chico Vigilante (PT); pelos deputados federais Reginaldo Veras (PDT-DF) e Rafael Prudente (MDB-DF); e pelos senadores Izalci Lucas (PSDB-DF) e Angelo Coronel (PSD-BA), além dos secretários Ney Ferraz (Economia), Weligton Moraes (Comunicação), José Humberto (Governo), Cristiano Araújo (Turismo) e Gisele Ferreira (Mulher, além do secretário-executivo do Consórcio do Brasil Central, José Eduardo Pereira.
Também estiveram no almoço-debate os presidentes da FHE/Poupex, general Valério Stumpf; da Funcef, José Ricardo Pontes; da Caesb, Luiz Antônio Reis; da Junta Comercial, Raquel Carvalho; da Terracap, Izidio Júnior; do Metrô, Anderson Ribeiro, e da Codhab, Marcelo Fagundes, além de presidentes de entidades classistas e da comandante do Lide Mulher, Janine Brito, e diretores da Caixa.

Governador Ibaneis Rocha
Durante o evento, o governador Ibaneis Rocha reforçou que a parceria com a Caixa vai além do setor imobiliário. Ele lembrou da obra de expansão do metrô em Samambaia e também disse contar com o apoio do banco público para resolver o imbróglio do Centro Administrativo (Centrad). Ibaneis pontuou que, para ocupar o Centrad, serão necessárias obras viárias e de infraestrutura, como viadutos.


Fotos: Renato Alves.  

"Nós temos na habitação o primeiro grande empreendimento de parceria pública e privada no crédito imobiliário, que é o Jardins Mangueiral; é dessa forma, em interação com o GDF, que a gente quer que a Caixa se posicione cada vez mais junto ao segmento da população", falou Carlos Vieira, presidente da CEF.

"A Caixa Econômica é parceira do DF em diversas obras, em especial nos projetos imobiliários", disse o governador. "Nós temos dois de grande repercussão – o bairro Mangueiral, que está em andamento, e o Itapoã Parque, onde teremos 12 mil residências. O projeto do Itapoã Parque é completo. Ele vem com toda a infraestrutura, diferentemente do modelo construído em outros bairros, como foi na primeira etapa do Mangueiral, onde não havia nenhum tipo de infraestrutura. Assim também foi feito no Paranoá Parque, sem infraestrutura nenhuma de serviço à comunidade. Agora, nós estamos avançando nesses dois bairros com as obras de infraestrutura, construção de escolas, creches e unidades básicas de saúde, para dar conforto a esses moradores."

PPP inédita
Essa união tem proporcionado feitos inéditos no país, como a parceria público-privada (PPP) para construção da nova etapa do Jardins Mangueiral, com cerca de oito mil unidades habitacionais.

"Nós temos na habitação o primeiro grande empreendimento de parceria pública e privada no crédito imobiliário, que é o Jardins Mangueiral; é dessa forma, em interação com o GDF, que a gente quer que a Caixa se posicione cada vez mais junto ao segmento da população", comemorou o presidente da CEF, Carlos Vieira.

Segundo o gestor, a expectativa para 2024 é investir R$ 180 bilhões somando todos os mecanismos voltados ao financiamento do crédito imobiliário. "Nós geramos, a cada R$ 1 bilhão que se coloca no mercado, 150 mil empregos diretos", reforçou. "Isso é muito importante para que todo o mercado perceba e sinta no crédito imobiliário uma grande oportunidade de ampliar todo esse conjunto de medidas voltadas para o crescimento do país".

Com o apoio do banco público, o GDF tem tirado do papel projetos de moradia, como as do Itapoã Parque e de cidades como o Sol Nascente/Pôr do Sol e Samambaia.

Oferta vantajosa
"A previsão é que nós soltemos aproximadamente 35 mil novas unidades", anunciou o presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab-DF), Marcelo Fagundes. "Se você totalizar colocando quatro pessoas por unidade, então estaríamos atendendo cerca de 140 mil pessoas. E a Caixa Econômica é um parceiro fundamental no projeto de habitação social, primeiramente pelos subsídios do Minha Casa Minha Vida; e, em segundo lugar, pelo subsídio que ela oferece diretamente ao beneficiário. São imóveis ofertados à cidade e ao mercado com um valor de venda muito aquém do praticado pelo mercado."

Empresário no ramo imobiliário e presidente do Lide no DF, Paulo Octávio frisou: "A indústria da habitação é fundamental. Quando você imagina Brasília, uma cidade com 64 anos, já com 3 milhões de habitantes, você vê que o papel da Caixa Econômica Federal foi importantíssimo. Hoje, nós temos aqui mais de 1 milhão de residências, muitas delas financiadas pela Caixa. É inconcebível, num país com tanta terra, com todos os insumos, com todas as condições, ainda haver tantas pessoas sem moradia. Entendo que o nosso papel é justamente alavancar a economia e ir criando moradias e condições de habitação para todas as classes sociais".

O Distrito Federal tem R$ 3,3 bilhões em operações de crédito contratadas junto à Caixa Econômica entre 2005 e 2023. O contrato mais recente é de R$ 49 milhões, pelo Programa Nacional de Apoio à Modernização Administrativa e Fiscal dos Municípios Brasileiros (PNAFM).

Cidades Inteligentes
"A iniciativa da Caixa Econômica Federal de ampliar sua carteira de crédito imobiliário, conforme discutido no evento do Lide Brasília, é um passo significativo para o desenvolvimento sustentável das nossas cidades. Como presidente do Instituto Nacional de Condomínio e Cidades Inteligentes - INCC, vejo essa ação como um forte impulso para a evolução das cidades inteligentes no Brasil. Parcerias estratégicas e investimentos como esses são essenciais para construir um futuro mais inovador e inclusivo para nossos cidadãos", comentou Paulo Melo, presidente do INCC.  

Contratos e convênios
Desde 2019, a Caixa Econômica Federal assinou 164 convênios e contratos de repasses com o GDF. A extensa lista de assinaturas com o parceiro financeiro inclui, entre outras realizações, a construção de novas unidades da Casa da Mulher Brasileira; a pavimentação do Pistão Sul, em Taguatinga, e também de acesso às escolas rurais; a aquisição de patrulhas agrícolas e recuperação do canal principal do Rodeador, em Brazlândia, e a construção de unidades de saúde e de batalhões das forças de segurança, entre outras. Esses contratos são de repasses em execução, concluídos e aguardando a prestação de contas.

Sobre o Lide
Fundado em junho de 2003, o LIDE - Grupo de Líderes Empresariais é uma organização de caráter privado, que reúne empresários em nove países e quatro continentes. Atualmente tem 1.300 empresas filiadas (com as unidades nacionais e internacionais), que representam 49% do PIB privado brasileiro. O objetivo do Grupo é difundir e fortalecer os princípios éticos de governança corporativa no Brasil e no exterior, promover e incentivar as relações empresariais e sensibilizar o apoio privado para educação, sustentabilidade e programas comunitários. Para isso, são realizados inúmeros eventos ao longo do ano, promovendo a integração entre empresas, organizações, entidades privadas e representantes do poder público, por meio de debates, seminários e fóruns de negócios.

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