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31 de março: golpe, renuncia ou impedimento constitucional.

Carlos Michiles

Por: Carlos Michiles, Ph. D em Ciência Política

O momento é tenso.
O dia de hoje: 31 de Março. Ou 1 de Abril marcam um  momento da história que marcaram o ano de 1964 no Brasil.
As eleições de2018 retomaram esse momento da nossa história como um valor a ser reconstituído. Com setores manifestando nas ruas e Bolsonaro vocalizando a redimissão de 1964.
Pela complexidade do momento e pelo ineditismo da situação que vivemos hoje, o momento tenso significa que basta algum fio desencapado para acontecer um golpe, renúncia ou impedimento constitucional.
São muitos os fios desencapados da conjuntura política que estão formando esse tempo de tensão no ar.
 Nunca se viveu um momento como esse. Imprevisível.
Para aguçar a questão nacional, agrega-se a tensão mundial.


Marx, Kant e Hegel





Nem na segunda guerra, nem com Marx, Kant ou Hegel foi possível prever algo assim.
O refúgio doméstico parece uma trincheira ver defesa contra invasores estrangeiros que ameaçam a nação. Talvez só o realismo do diário de Anne Frank para nos aproximar de uma guerra real. A atual, uma guerra invisível.
O mundo está espantado.
Mesmo assim, não há lugar para a insensatez e a negação da razão, preconceito ou a ignorância. A razão nos compele ao caminho da razoabilidade para encontrar uma saída que triunfe sobre a insensatez e suas inconsequências.
Quanto ao nosso país, estou prevendo momentos muito difíceis advindos.
Não apenas por causa da pandemia  pois isso agrava a situação, mas, como se encontra em marcha rápida entre os membros da cúpula institucional, inclui o legislativo, o judiciário e parte da sociedade cívil, uma forte iniciativa para forçar a renúncia ou impeachment do presidente Bolsonaro.
Jair Bolsonaro e seus filhos

Claro, que isso ocorre por causa do próprio Bolsonaro, de seus filhos mandatários e puxa sacos bem pagos que não tem tido a virtude política para liderar e conversar com a sociedade brasileira em geral.
O povo quer e sempre aspira por um líder, caudilho ou não, mas um líder que o conduza ao porto seguro de um pacto civilizatório, especialmente num momento como esse em que a segurança e a estabilidade foram substituídas pelo medo e a incerteza.
A morte paira sobre todos nós.
Aqui e alhures. Não estamos isolados nessa quarentena. O mundo está em quarentena. Não sabemos, se por 40 dias, 30 ou mais 15 dias. Mas sabemos que o tempo é de quaresma para o mundo cristão. Depois a Páscoa. Mas tudo mudará. Como será daqui pra frente. Um novo mundo, como o título do livro de Aldous Huxley, admirável mundo novo.
Resumindo: estamos num momento de mudança do poder.
De um lado, a maioria dos governadores que se organizam e conspiram entre si. De outro, o presidente isolado politicamente, de recusa ao isolamento doméstico.
Enquanto isso, o estamento dos botões dourados, os militares, como estão?
Talvez, como em 1964, ao lado, porém conspirando... Não pelas mesmas razões, é claro.
Vivemos um momento tenso de uma pandemia política.
Golpe ou renúncia.
Renuncia ou impeachment.
Mas, claro, esse epílogo dependerá do êxito que o ministério do atual governo terá no combate a pandemia do Corona vírus 19 que amedronta a China, Brasil e o mundo.

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